Encalhe persiste após dragagem do Porto de Santos
“Toda semana encalha um navio de contêiner com 11,5 metros no Porto de Santos”, afirma o diretor-presidente da Praticagem de Santos, Fábio Mello Fontes.
Ele se refere à profundidade do canal de navegação do cais santista, mesmo após a conclusão das obras de dragagem de aprofundamento.
Segundo Fontes, existem pontos onde o canal não está com a profundidade anunciada pela Codesp.
A Autoridade Portuária divulgou o fim da dragagem e a profundidade de 15 metros em todos pontos navegáveis do cais santista. Porém, a Marinha do Brasil não homologou as profundidades, pois ajustes precisaram ser feitos.
O prático, que tem 44 anos de profissão e mais de 27 mil manobras no currículo, alerta que não adianta a Marinha homologar a profundidade de 15 metros se, na prática, a realidade é outra e problemas de encalhe continuam acontecendo.
“Vamos colocar a profundidade não no papel, mas lá no canal, para que a gente possa trabalhar em segurança”, afirma Fontes.
O exemplo mais recente dado por Fontes é de um navio que encalhou próximo ao Tecon, na Margem Esquerda (Guarujá) do complexo. O fortissimo cabo de um rebocador foi estourado na manobra de desatracação.
O presidente em exercício da Codesp, Renato Barco, disse que a empresa concluiu a dragagem de aprofundamento em todo o canal, atingindo a marca de 15 metros. “Devido ao forte assoreamento a dragagem de manutenção é feita constantemente. Mas problema desse tipo pode ocorrer”.
Fonte: Jornal A Tribuna
É curioso que pouco ou nada se fala sobre a dragagem junto aos berços de atracação. O canal e a bacia de evolução com profundidade de 15 m não implica em que nos berços a profundidade seja esta. Não terá sido por isso que o encalhe referido nesta matéria aconteceu?