Marinha investigará pane em navio graneleiro

Marinha investigará pane em navio graneleiro

As causas da pane no motor que forçou o graneleiro Brugge Max a ficar fundeado no canal de navegação de Santos, entre o final da tarde e a noite da última sexta-feira, serão apuradas pela Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP). Um inquérito administrativo será aberto nos próximos dias para investigar o que aconteceu com a embarcação de bandeira irlandesa. O incidente acabou interrompendo o tráfego no Porto no período.

 Na madrugada do último domingo, após o conserto, o cargueiro partiu com 60 mil toneladas de mercadorias rumo ao continente africano.

A pane ocorreu por volta das 17h30 de sexta-feira, enquanto o navio entrava no Porto para atracar no Terminal de Granéis do Guarujá (TGG). Foi quando o cargueiro perdeu os motores. O problema aconteceu quando ele passava entre as boias 4 e 5, na direção da Ilha das Palmas.

De acordo com o assessor-executivo da Praticagem do Porto de Santos, Marcos Jorge Matusevicius, âncoras foram lançadas ao mar para que a embarcação não ficasse à deriva.

Segundo ele, normalmente, a tripulação consegue recuperar o motor quando panes deste tipo acontecem. Porém, com o Brugge Max, os trabalhos não foram tão fáceis e só foram concluídos com o navio atracado.

Quatro rebocadores e dois práticos foram responsáveis pela atracação do navio, que recebeu uma autorização especial da CPSP para trafegar pelo canal de navegação rebocado durante a noite.

Normalmente, o procedimento só é feito durante o dia, por questões de segurança. Nas manobras diurnas, há três rebocadores e um prático conduz a embarcação.

Matusevicius estima que o incidente atrasou seis manobras. Todas foram realizadas após as 22 horas, quando o Brugge Max atracou no TGG para o embarque de 8,5 toneladas de milho. “O que sabemos é que, até o momento da atracação, o motor não voltou a funcionar. O conserto foi feito depois”, afirmou.

Operação

A embarcação já havia atracado no Porto antes dos problemas de motor. Ela chegou ao cais santista no dia 7 e atracou no cais dos armazéns 20 e 21, da Copersucar, para o embarque de 52,5 mil toneladas de açúcar.

Como ainda havia carga a ser levada para o Porto de Durban, na África do Sul, o navio foi para a Barra na última quarta-feira, para novamente atracar no TGG, na sexta-feira.

A Tribuna procurou a agência de navegação Fertimport para apurar informações sobre o incidente, mas a empresa negou que tivesse agenciado o cargueiro. Porém, tanto a CPSP quanto a Codesp confirmaram que o Brugge Max estava sob a responsabilidade da empresa.

Fonte: Jornal A Tribuna

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