Seca na Amazônia

Seca na Amazônia

Em carta enviada ao Capitão dos Portos da Amazônia Ocidental, a empresa de praticagem Manaus Pilots apresenta um panorama alarmante com base no monitoramento contínuo do trecho de navegação entre Manaus e Itacoatiara. Segundo os profissionais, as profundidades e o calado máximo recomendado (CMR) estão atualmente reduzidos a 8,10 metros nas passagens do Tabocal e Enseada do Madeira. Considerando as margens de segurança previstas pelas normas, o calado máximo recomendado é limitado a 7,04 metros para navios de carga não perigosa e a 6,54 metros para navios transportando carga perigosa.

Além disso, a carta destaca uma previsão preocupante: a continuidade da seca a um ritmo alarmante de 15 centímetros por dia, conforme indicado pelas medições das réguas fluviométricas de Manaus e Itacoatiara. Infelizmente, essa situação calamitosa poderá resultar no desabastecimento não apenas da cidade de Manaus, mas também de todo o interior do Estado do Amazonas, regiões que dependem quase exclusivamente do transporte aquaviário.

Os profissionais ressaltam seus esforços contínuos em busca de canais de navegação que permitam a passagem segura dos navios maiores que chegam à região. No entanto, estão chegando ao limite de suas capacidades. Informam que já há previsão de não poder atender alguns navios, que podem ficar retidos em Manaus ou aguardando em Itacoatiara por uma melhoria no nível do rio.

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