Segurança da Navegação em Risco: A Situação dos Práticos no Porto de Natal
À época do último Processo Seletivo para a Categoria de Praticante de Prático, em 2012, um Prático no Porto de Natal precisava realizar pelo menos três fainas por mês e quinze por semestre para manter sua habilitação. A situação do porto deteriorou-se progressivamente devido à falta de interesse e investimento na região.
Em vez de priorizar a segurança da navegação e o rigor nos requisitos de proficiência, a autoridade marítima decidiu adiar a resolução do problema, resultando em sucessivas suspensões de Práticos, já que não há movimento suficiente que permita a manutenção da habilitação de todos os Práticos habilitados na zona. Para contornar essa questão, a autoridade reduziu o número mínimo de fainas exigidas, primeiro para oito e depois para sete por quadrimestre. Atualmente, cada Prático executa, em média, uma faina por mês. Essa abordagem não resolve a incapacidade do porto em sustentar um fluxo de navios que viabilize a manutenção de um grupo de Práticos na região ou garanta a proficiência dos mesmos.
Diversos apelos foram enviados pela Praticagem de Natal em busca de uma solução. Um dos Práticos foi remanejado recentemente, mas o problema persiste, conforme documento abaixo. Foi oferecida também uma vaga de remanejamento para a zona de praticagem de Areia Branca, que também tem um baixo quantitativo de fainas, logo também não deveria existir isoladamente.
Se na Zona de Praticagem do Rio de Janeiro viaja-se até 7 horas de um terminal a outro, porque as zonas de Natal, Areia Branca e Cabedelo não são fundidas com as de Pernambuco e Ceará para resolver de vez este problema?
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