A verdade dos práticos
As entidades de comércio e indústria de Manaus enviaram carta ao ministro da Defesa, Celso Amorim, informando que, por falta de práticos, navios chegam a esperar quatro dias para subir o Rio Amazonas para operar em Manaus (AM). Em resposta, o Conselho Nacional de Praticagem (Conapra) deu sua versão dos fatos. Acusa armadores de não permitir o embarque de assistentes, conhecidos como “praticantes de prático”, profissionais que já foram aprovados em exames teóricos, mas precisam atuar por 20 meses no mar.
Segundo o Conapra, negaram o embarque de praticantes de prático: Aliança Navegação e Logística, Mercosul Line, Maestra, Ultrabulk, MSC, W.Sons, Norsul, Elcano e CMA CGM. Afirma a entidade que, em 2011, foram ofertadas 32 novas vagas de práticos para operar na região.
A nota do Conapra afirma que a infra-estrutura portuária não acompanhou a evolução dos navios e que o comércio exterior só não sofreu uma pane em razão do elevado nível técnico dos práticos, que chegam a operar com navios de 220 metros em locais que, formalmente, só permitiriam operação de embarcações de 103 metros.
O presidente do Conapra, Ricardo Falcão, cita que os práticos dependem da malha aérea que, na Amazônia, está sobrecarregada, com “enorme carência, tanto em vôos reguladores ou táxis aéreos, prejudicando os deslocamentos.”
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