Práticos e armadores internacionais fazem acordo visando segurança marítima
Acordo assinado em Nova York legitima o serviço brasileiro de praticagem e pode contribuir para o fortalecimento do setor, segundo o presidente do Conapra, Ricardo Falcão.
O Conselho Nacional de Praticagem (Conapra) e a Federação Nacional de Práticos (Fenapraticos) acabam de assinar acordo de cooperação internacional para garantir mais transparência, segurança e eficiência nos portos no que diz respeito às operações de atracar e desatracar navios. Apesar do serviço no Brasil ser um dos mais seguros do mundo, com um percentual de apenas 0,002% em número de acidentes, o acordo internacional legitima o serviço brasileiro e pode contribuir para o fortalecimento do setor, segundo o presidente do Conapra, Ricardo Falcão.
O acordo foi assinado nesta sexta-feira (09/05), em Nova York, entre as duas entidades representativas dos práticos brasileiros e a Associação Internacional de Armadores Independentes de Petroleiros (Intertanko) que tem como um de seus participantes, a Petrobras, e que reúne mais de 14 mil navios associados. Para Falcão, embora um pequeno grupo de armadores tente reduzir a importância do trabalho da Praticagem do Brasil, um acordo de tal relevância deixa clara a importância desse serviço essencial e o respeito de que gozam os práticos brasileiros à nível mundial.
Pelo acordo, os signatários assumem compromissos mútuos de comprometimento com o meio ambiente no transporte de óleo, gás e produtos químicos, além de compartilhar e uniformizar informações nas áreas de operação marítima e técnicas de interesses comuns.
“O ponto-chave do acordo é promover a segurança marítima e de navegação nas zonas de praticagem, desta maneira ajudando a prover a proteção da vida e da propriedade, a prevenção dos danos para o meio ambiente marítimo assim como de bens vitais para a economia das nações”, disse Ricardo Falcão.
O presidente do Conapra lembrou, que agora em 2014 fazem 25 anos do acidente do Exxon Valdez, um dos mais emblemáticos vazamentos de petróleo da história no mundo e que exigiu uma reflexão de toda a indústria na revisão de procedimentos. “Para nós, o acordo reforça ainda mais o empenho da praticagem brasileira para garantir segurança nos portos e suas vias de acesso e o desenvolvimento sustentado de nosso país”, afirmou.
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