Acidente revela riscos na atividade do prático
O profissional foi submetido a uma cirurgia que o afastará durante dois ou três meses do estágio de qualificação necessária para a habilitação de prático, processo que leva de um a dois anos e que demanda a execução de 660 manobras. Segundo o presidente da Praticagem de São Paulo, Paulo Barbosa, ocorrem de 2 a 3 mortes acidentais de prático anualmente no mundo, além de casos de ferimentos graves.
“Acidentes como este, infelizmente, acontecem e são riscos que o prático corre no exercício de sua atividade. Engana-se quem pensa que a praticagem é um trabalho leve e tranquilo. O prático não escolhe hora, condições de mar e climáticas para manobrar. Tem de encarar muitas situações adversas, de alto risco para garantir a segurança da operação e, consequentemente, do Porto, das embarcações e das pessoas ”, comentou Paulo Sérgio Barbosa.
Feitas de corda, com degraus em madeira, as escadas quebra-peito são utilizadas mundialmente pelo práticos e profissionais que vistoriam navios. Situada no costado do navio, não é fixa, surgindo daí o nome de quebra-peito: num movimento mais brusco, pode jogar o prático contra o costado do navio.
“Já houve casos de a escada se soltar ou ter seus cabos partidos e o prático ser lançado na água com a escada por cima”, contou Paulo Sérgio Barbosa. “Nosso risco aumenta muito quando a escada é mal conservada, o que ocorre com certa frequência”.
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